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sexta-feira, 26 de junho de 2009



Se
Djavan


Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...

Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

1 - Texto Billy Elliot;



A INFLUÊNCIA AO MACHISMO


A sensibilidade do homem, para muitas famílias ainda é vista de maneira preconceituosa. O filme Billy Elliot é um exemplo de como o ser humano masculino ao se apoderar do balé, uma dança que tem a delicadeza e sensibilidade presente, a sua sexualidade vê-se logo efeminizada.
A educação familiar é estabelecida ao homem desde criança, que ele tem que ser substituto do pai, corajoso, que não pode chorar, nem ter medo e que tem de jogar futebol; princípios básicos. Portanto privando o garoto da idéia de homem afetivo, carinhoso, romântico, sensível, que tem gosto pelo dança. Influenciando indiretamente no jovem, o conceito chauvinista masculino, o popular machista.

No filme, o personagem Billy é um paradoxo a idéia formada que se tem de “homem”. Um garoto de uma pacata cidade ao Norte da Inglaterra, da década de 80, que fica vislumbrado com a magia do balé. No entanto sofre com o preconceito e a repressão do irmão e principalmente do patriarca. Pai, que ver o balé apenas, como uma dança de marquinhas, e no boxe um esporte ideal e de “macho” para o filho. E neste contraste entre a sensibilidade, a leveza das sapatilhas e o ringue, a luta das luvas; Billy em meio à oposição da família e o encanto pelo balé se entrega de corpo e alma a dança.

O potencial do Billy no balé pode ser comparado ao do brilhante bailarino do Royall Ballet, o brasileiro Thiago Soares. Felizmente ele não sofre a descriminação e a efeminização, ao contrário do Billy. Mesmo nascido em um sem tradição no balé clássico, Thiago, revela a revista; QUEM, quando pergunta sobre preconceito e TS ,responde: nunca sofri preconceito. Que aconteceu foi que minha família se preocupou porque decidir fazer dança uma profissão. Questionaram se eu conseguiria me sustentar. Mas nunca houve preconceito com relação à opção sexual. Aliás, o preconceito esta acabando.

Pode–se perceber que esse paradigma está sendo quebrado, apesar de ser constante a presença do machismo e do preconceito na “nossa” sociedade. O Thiago, assim como o Billy são modelos de como é possível rejeitar a influência de homem bruto; e paralelo com a sensibilidade, ser homem sem perder a essência masculina.

POEMA CONCRETISTA




Dias de sombra, dias de luz .

A crueldade do assassino, que matou o pequeno João Hélio é refletida não só no ato da morte da criança, como também nas palavras inaceitáveis ditas por ele, para tentar justificar a sua capacidade de matar e para tentar se livrar do crime; “Não saber o que significa perder um filho assassinado, porque nunca teve filho” é ridículo. Se pensar assim, todas as pessoas que não tem filho podem matar só por esse motivo. Por ou lado mostra um pouco como respeito e o sentir do próximo não tem importância alguma e no quanto e preciso precuperar, construir e reconstruir valores, estes que muitas vezes parece não mais existir.
E agora o que fazer com esse indivíduo? , quando o crime já está cometido e a dor e a revolta já sem proporção no coração dos familiares;Matar também? Ou levar para a faculdade do crime (prisão)? .Recuperar....talvez seja uma solução,mas onde? Como? .São acontecimentos assim que faz pensar no quando é “URGENTE” a transformação :nas instituições familiares, nos valores, nas relações de pais e filhos, no sistema penitenciário , no respeito pelo outro;do simples por favor ,licença,até a denúncia da lavagem dinheiro ,do exploração sexual infantil , dentre inúmeras outras .
Mas enquanto isso não acontece, a mídia e os inúmeros meios de comunicação, vão ganhando dinheiro e audiência,com: o homicídio da Maria, o filho que matou o pai, o padrasto que jogou a enteada pela janela, a mãe que jogou o filho recén-nascido no rio, entre outras notícias, que se tornaram comum na cabeça de muitos pessoas . Mas a solução para esses criminosos é simples
:






ATIVIDADE



O que é morfologia?

Morfologia vem do grego : morfe+log(os)+ia, tratado, estudos das formas .

Em linguística, morfologia é o estudo da estrutura das formas das palavras.
Em biologia, morfologia é o estudo da forma de um organismo, ou de parte dele.
Em processamento digital de imagem, morfologia é a coleção de técnicas baseadas em Morfologia Matemática, um modelo teórico basedo na teoria Lattice.
Morfologia ocasionalmente significa a técnica de Análise Morfológica usada na exploração de soluções potenciais a problemas técnicos.

O que é sintaxe?

Sintaxe trata do condicionamento frasal das palavras, de sua ordenação e com formação flexialmente. Daí a divisão desta parte da gramática: colocação, regência e concordância .

O que é fonética?

Fonética tem por objetivo descrever, os elementos sonoros que, correlacionados e apostos, constituem o sistema fônico da língua. Comporta diversos estudos: produção e classificação dos fonemas (fonética descritiva), sua emissão e articulação conveniente (ortoepia) localização correta da sílaba tônica (prosódia).

O que é palavra?

Palavra pode ser encarada sob 3 ponto de vista, correspondente ao 3 campos da gramática – o fônico , o mórfico , e o frásico : vocábulo, palavras e termo.

O que é um pronome?

Pronome é a palavra que denota o ente ou a ele se refere, considerando-o apenas como pessoa do discurso. Pronome denota o ser, como o (nome) substantivo, mas sem lhe dar significação natural, ou se se refere ao ser como objetivo, mas sem lhe apontar qualidades ou propriedades. Sua função é simplesmente indicar ou determinar o ente do ponto de vista de quem fala ou em relação à frase.

Nome x pronome?

A diferença importante entre nome e pronome e uma questão quantitativa : elenco aberto x
elenco fechado. Sempre se cria novas palavras nominais, mas não pronominais.

Para que serve os pronomes do caso reto e do caso obliquo?
. Pronome reto: funciona como sujeito ,ex: Nós lhe ofertamos flores.
. Pronome obliquo: : funciona como complemento( objeto direto ou indireto).

O que é um aposto?

É o termo que explica , esclarece, desenvolve ou resume um termo da oração.

O que é gramática?

É o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma língua, não necessariamente o que se entende por seu uso correto.

Como me utilizar de ponto e vírgula?


O ponto-e-vírgula é, pois uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Ela não é tão breve quanto à vírgula, nem tão longa quanto o ponto.

O que é em gramática figura de linguagem?

São certos recursos utilizados não convencionais que o emissor cria para da maior expressividade a sua mensagem.


SÍNTESE DA HISTÓRIA DO PROJETO NURC

Juan Lope Blanch, professor da Universidade Nacional Autônoma do México, foi o autor da proposta de organização de um grande projeto coletivo, a fim de descrever a norma culta no espanhol falado. A proposta foi apresentada durante o II Simpósio do PILEI (Programa Interamericano de Lingüística e Ensino de Idiomas), em agosto de 1964, em Bloomington, nos Estados Unidos da América. Assim nascia o "Proyeto de Estudio Coordinado de la Norma Lingüística Culta de las Principales Ciudades de Iberoamérica y de Península Ibérica".
Desde o início, já se pensava em estender o "Proyeto" às comunidades de língua portuguesa. Em janeiro de 1968, por ocasião do IV Simpósio do PILEI no México, o Prof. Nélson Rossi, da Universidade Federal da Bahia, apresentou o trabalho "O Projeto de Estudo da Fala Culta e sua Execução no Domínio da Língua Portuguesa". Nesse estudo, o Prof. Nélson Rossi ressaltou que, diferente dos países de língua espanhola, no Brasil, o "Proyeto" não poderia limitar-se à capital do país nem ao Rio de Janeiro. Ele sugeriu que o "Proyeto" abrangesse as cinco principais capitais com mais de um milhão de habitantes: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Em janeiro de 1969, durante o III Instituto Interamericano de Lingüística, promovido em São Paulo pelo PILEI, foi instalado o "Proyeto" no Brasil. Foi acertado que, para se instalar esse projeto, haveria necessidade de se escolherem os
responsáveis pelo trabalho em cada uma das cinco cidades.
O projeto previa três etapas: gravações, transcrição e análise do corpus, conforme um Guia-Questionário. Inicialmente, eram previstas 400 horas de gravação, selecionando-se 600 informantes (300 do sexo masculino e 300 do sexo feminino) com nível superior de escolaridade, nascidos na cidade sob estudo ou residentes aí desde os cinco anos de idade, filhos de nativos de língua portuguesa, de preferência nascidos na cidade sob pesquisa.
Os informantes foram distribuídos em três faixas etárias:
1ª faixa etária: de 25 a 35 anos de idade (30%);
2ª faixa etária:de 36 a 55 anos de idade (45%);
3ª faixa etária:mais de 56 anos de idade (25%).
Quanto à natureza, as gravações foram divididas em quatro tipos:
1º -
Gravações secretas de um diálogo espontâneo (GS): 40 horas (10%);
2º - Diálogo entre dois informantes (D2): 160 horas (40%);
3º - Diálogo entre o informante e o documentador (DID): 160 horas (40%);
4º - Elocuções Formais (EF): 40 horas (10%).
No
Brasil, as próprias exigências do Projeto, somadas às dificuldades naturais de se fazer pesquisa e os obstáculos para se conseguirem os informantes adequados, fizeram com que houvesse atraso na conclusão das gravações.
Em 1985, durante a XIII Reunião Nacional do Projeto NURC, realizada em Campinas, decidiu-se que as cidades intercambiariam 18 entrevistas de seu acervo com as demais cidades. Esse acervo constituiu-se o que se convencionou chamar corpus compartilhado.
O NURC/SP
Duas equipes de documentação trabalharam na constituição do arquivo sonoro do Projeto NURC/SP.
Até meados de 1984, a sala do Projeto ficava no CRUSP (Conjunto Residencial da USP). Ali eram guardados todos os materiais, inclusive o arquivo sonoro. Nesse ano, houve a invasão do conjunto, mas, graças à dedicação do Prof. Dino Preti, todo o material foi salvo da destruição. Com a construção do prédio de Letras, foi destinada uma sala para o Projeto NURC.
Com a dupla coordenação em São Paulo - Prof. Dino Preti (USP) e Prof. Ataliba Teixeira de Castilho (UNICAMP, hoje na USP) - o Projeto NURC/SP acabou tendo duas sedes, uma na Universidade de São Paulo e outra na Universidade Estadual de Campinas.
A equipe de São Paulo logo se posicionou contra o modelo de análise da equipe hispânica, pois o modelo do Guia-Questionário restringia-se aos aspectos da língua escrita. A partir daí, novos rumos foram sendo propostos para a análise dos dados lingüísticos do projeto NURC.
Em 1984, houve na UNICAMP um seminário com o Prof. Dr. Luiz Antônio Marcuschi, da Universidade Federal de Pernambuco, recém chegado da Alemanha, onde havia estado em contato com o importante grupo de Freiburg. Nesse seminário, foram discutidas normas para a transcrição do corpus e novas estratégias e perspectivas de análise, considerando aspectos próprios da língua falada. A partir de 1985, o Prof. Dino Preti constituiu um grupo permanente de pesquisadores que passou a estudar livros e artigos referentes à Análise da Conversação e sua aplicação ao material do projeto NURC/SP, subdenominando-se, esse grupo, Projeto Nurc/SP - Núcleo USP.
Esse grupo, com pequenas mudanças em seus integrantes, encarregou-se de transcrever o material do Projeto NURC/SP para publicação e posterior análise. O Projeto NURC/SP tem sido responsável por várias publicações. Num
primeiro momento, a partir de 1986, foram publicados três volumes de transcrição do material e um volume de estudos. Num segundo momento, em 1993, foi iniciada a série "Projetos Paralelos", com a publicação de três volumes.

quarta-feira, 24 de junho de 2009



Não te ligo mais.

Não te ligo mais, para não ter que ouvir a sua voz.

Não te ligo mais, para não ter que escutar seu respiro.

Não te ligo mais, porque sua fala não mata a saudade.

Não te ligo mais, porque sua ausência me desmorona.

Não te ligo mais, porque se estiver triste jamais falará.

Não te ligo mais,porque quando ouço suas palavras eu perco
o chão.

Não te ligo mais, porque é impossível desligar o telefone e não brotar
lágrima.

Não te ligo mais,porque não posso ver seus olhos e acariciar seu
cabelo.

Não te ligo mais, porque a vontade de deitar sobre o seu colo no
momento é impossível.

Não te ligo mais, porque não posso sentir o seu calor.

Não te ligo mais,porque lembro que tenho a melhor mãe do mundo
e não a tenho ao meu lado .

Não te ligo mais, porque lembro que nos momentos que mais preciso
nunca a encontro.

Não te ligo mais, porque lembro que poderia ter aproveitado mais o
seu colo.

Não te ligo mais,porque lembro das minha despedidas desesperadoras
e dos seus olhos triste,porém firmes.
Não te ligo mais, porque lembro das festinhas de dias das mães

e o único homem a está nelas era o melhor pai do mundo (o meu).

Não te ligo mais, porque lembro das cartinhas enviadas a ti
e nelas sempre a esperança.

Não te ligo mais. Porque não tenho mais escolhas.

Não te ligo mais, porque a esperanças quase não existe.

Não te ligo mais,simplesmente porque meu amor por te vai
além das palavras.
MÃE

Gramática Normativa e Descritiva

  • Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar, ou prescrever, as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correta de realização da língua, categorizando as outras formas possíveis como erradas.

  • A gramática descritiva é uma gramática que se propõe a descrever as regras de como uma língua é realmente falada, a despeito do que a gramática normativa prescreve como "correto". É a gramática que norteia o trabalho dos lingüistas que pretendem descrever a língua tal como é falada.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

SONETO 27 BRASILEIRO

Resume-se o Brasil em três coisinhas:
só praia, futebol e carnaval.
A bunda é preferência nacional,
mas algo diferentes são as minhas:
Na praia, que abundância de solinhas!
Na bola, as tais chuteiras do "animal".
No samba, pé sempre é fundamental.
De fora, tento pôr minhas manguinhas.
Me sinto muito mais que um estrangeiro:
sou quase extraterrestre, marciano,não só porque idolatro o pé e seu cheiro;
O caso é que sou cego e paulistano.
Só posso cantar rock no banheiro,
batendo bronha aos pés dum corintiano...

PROCURA DA POESIA

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.

O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.

Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.

O Rei dos Animais


Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!". Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?". Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou. Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE.